De acordo com o empresário Aldo Vendramin, no cenário globalizado atual, as certificações internacionais para exportação tornaram-se fundamentais para produtores brasileiros que desejam inserir seus produtos em mercados exigentes e competitivos. Elas funcionam como um selo de qualidade e conformidade com normas técnicas, sanitárias e ambientais, facilitando o acesso a clientes estrangeiros e aumentando a credibilidade da produção nacional.
A seguir, entenda como funciona o processo de certificação, quais os principais tipos voltados à exportação e de que forma o produtor brasileiro pode se preparar para alcançar esse importante diferencial competitivo.
Quais são as principais certificações internacionais para exportação exigidas pelo mercado global?
Segundo Aldo Vendramin, as certificações internacionais para exportação variam conforme o setor de atuação, mas há algumas que se destacam por serem amplamente reconhecidas e exigidas em diversos países. No setor de alimentos, por exemplo, certificações como HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), ISO 22000 e GlobalG.A.P. são referências mundiais em segurança alimentar. Essas normas garantem que o produto passou por processos rigorosos de higiene, rastreabilidade e boas práticas agrícolas ou industriais.

Já no setor de produtos orgânicos, selos como o USDA Organic (Estados Unidos), EU Organic (União Europeia) e o JAS (Japão) são obrigatórios para acessar esses mercados. Eles exigem produção livre de agrotóxicos sintéticos, respeito ao meio ambiente e conformidade com normas específicas do país importador. Assim, produtores que desejam exportar alimentos orgânicos precisam se adequar a essas certificações, muitas vezes realizando auditorias por organismos acreditados internacionalmente.
Como iniciar o processo de certificação internacional na prática?
O primeiro passo para obter certificações internacionais para exportação é entender quais normas se aplicam ao seu produto e mercado-alvo. Essa análise envolve estudar as exigências sanitárias, ambientais e técnicas do país de destino e verificar quais certificações são aceitas ou exigidas por distribuidores e redes de varejo locais. Consultar órgãos de apoio ao exportador, como o SEBRAE, ApexBrasil ou MAPA, pode ajudar nessa etapa inicial de diagnóstico e planejamento.
Em seguida, como destaca o empresário Aldo Vendramin, é necessário adaptar o processo produtivo para atender aos critérios da certificação escolhida. Isso pode incluir mudanças na cadeia de suprimentos, controle de insumos, treinamento de equipes, documentação dos processos e melhorias nas instalações. É importante lembrar que a certificação não se limita ao produto final, mas avalia toda a jornada de produção, armazenamento e transporte. Por isso, o engajamento da equipe e o comprometimento com a qualidade são essenciais.
Com os ajustes realizados, o produtor deve contratar uma certificadora reconhecida internacionalmente para conduzir a auditoria. Caso aprovado, o selo é concedido e pode ser utilizado nas embalagens e materiais promocionais. Algumas certificações exigem renovação periódica e inspeções regulares para garantir a manutenção dos padrões. Apesar dos custos envolvidos, o investimento em certificações internacionais para exportação tende a trazer retornos significativos ao longo do tempo, com abertura de mercados e valorização da marca.
Quais os benefícios concretos das certificações internacionais para exportação no dia a dia do produtor?
As certificações internacionais para exportação oferecem vantagens práticas e estratégicas para o produtor brasileiro. Conforme Aldo Vendramin, uma das evidências mais evidentes é o acesso facilitado a novos mercados, já que muitos países proíbem a entrada de produtos sem selos específicos. Além disso, grandes redes de distribuição e compradores internacionais priorizam fornecedores certificados, por confiarem na padronização e segurança dos produtos oferecidos.
Por fim, o processo de certificação impulsiona melhorias internas contínuas. Ao revisar seus processos para atender às exigências dos selos internacionais, o produtor eleva o padrão de sua produção, reduz desperdícios, melhora a gestão da propriedade e adota uma postura mais profissional. Essas mudanças refletem diretamente no desempenho da empresa e aumentam sua competitividade tanto no mercado externo quanto no mercado interno, provando que as certificações internacionais para exportação são investimentos duradouros e transformadores.
Autor: Winsome Daeblar