A indústria alimentícia está passando por uma transformação profunda com o surgimento das foodtechs. Essas empresas inovadoras utilizam tecnologias avançadas para revolucionar todas as etapas da cadeia de valor alimentícia, desde a produção até a entrega ao consumidor final. As foodtechs não apenas atendem à crescente demanda por eficiência e sustentabilidade, mas também refletem as mudanças nas preferências dos consumidores por opções mais saudáveis e convenientes.
As foodtechs são empresas que aplicam tecnologias como inteligência artificial, big data, biotecnologia e blockchain para tornar a produção de alimentos mais eficiente, sustentável e acessível. Diferentemente dos modelos tradicionais, essas empresas frequentemente desafiam o status quo ao propor novos produtos, serviços e formas de interação com o consumidor.
Na América do Sul, destacam-se empresas como a NotCo, que utiliza inteligência artificial para criar alimentos plant-based que imitam produtos de origem animal. A plataforma de IA da NotCo, chamada Giuseppe, analisa milhares de ingredientes vegetais para identificar combinações que reproduzam com precisão os produtos animais.
Outra foodtech sul-americana de destaque é a Fazenda Futuro, pioneira no mercado brasileiro de carnes à base de plantas. Utilizando biotecnologia avançada, a empresa recria a estrutura e o sabor da carne usando ingredientes vegetais como ervilhas, grão-de-bico e beterraba. Seus produtos oferecem uma alternativa que reduz o impacto ambiental da pecuária.
O iFood, embora conhecido principalmente como plataforma de delivery, também é considerado uma foodtech. A empresa utiliza big data e inteligência artificial para otimizar a experiência do usuário e a logística das entregas. Além disso, investe em soluções sustentáveis e projetos para reduzir o desperdício de alimentos.
No cenário global, empresas como a Impossible Foods e a Beyond Meat lideram o setor de proteínas alternativas. A Impossible Foods desenvolveu um hambúrguer vegetal que imita o sabor e a textura da carne bovina, graças à descoberta da molécula heme. Já a Beyond Meat utiliza uma combinação de proteínas vegetais para criar produtos que imitam carnes de forma convincente.
A Eat Just é conhecida por seu produto JUST Egg, um substituto de ovos à base de plantas feito principalmente de feijão-mungo. A empresa também está na vanguarda do desenvolvimento de carne cultivada em laboratório, uma inovação que pode revolucionar a produção e o consumo de carne.
Por fim, a Oatly, uma foodtech sueca, lidera o mercado de alternativas lácteas com seu leite de aveia. Seu processo de produção utiliza significativamente menos água e terra do que a produção de leite animal, além de emitir menos gases de efeito estufa. A empresa também se destaca pela transparência sobre seu impacto ambiental.
